sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Brave New World)


Blog de resenhasterracota :RESENHAS RESUMOS TERRACOTA, ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Brave New World) ANÁLISE DO FILME ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
  O filme em questão trata de uma sociedade futurista, completamente organizada, onde as pessoas são produzidas em laboratório, tendo seus comportamentos uniformizados. As pessoas são condicionadas a viverem em harmonia, aceitando o que lhes é imposto. Percebe-se no filme, o que Marx fala da ideologia. Essa falsa consciência de que todos são felizes é na verdade, por parte da classe dominante, uma construção no imaginário das pessoas, porque assim conseguem evitar os conflitos mantendo-os sempre dominados. Como diz Johann Wolfgang Von Goethe: “Ninguém é tão desesperadamente escravizado como aqueles que falsamente acreditam que são livres.”
 Quando Marx fala que a ideologia é concepção idealista na qual a realidade é invertida, no filme fica claro que, o que a classe dominante coloca como sendo do interesse comum de todas as pessoas, nada mais é do que a realização de seus próprios interesses. A ideologia não tem apenas pontos negativos, ela pode ser uma meta de vida, um objetivo, um ideal. No filme, esse ideal já é condicionado às pessoas, elas são o que são e assim são felizes. Elas não têm consciência do que desejam, pois já são condicionadas a não gerarem conflitos, pois pensam que já tem tudo o que precisam, aceitando sem questionar o que lhes foi imposto, aliás, esse é outro ponto do condicionamento, não questionar. 
    Voltando para os tempos atuais, também nos é imposto muito coisa. Precisamos seguir regras, leis, não que isso não seja importante, pelo contrário, precisamos delas para vivermos em sociedade, para que haja respeito mútuo. Essas regras e leis deveriam na verdade ser seguidas, não porque elas nos são impostas, mas sim por consciência plena de respeito aos outros, mas se não as seguimos, somos considerados como anormais, incoerentes e pagamos um preço por isso.
     Assim como no filme, nos é praticamente imposto o que precisamos para que sejamos felizes, como se a felicidade fosse algo que pudesse ser vendido ou comprado em uma loja de roupas ou eletrodomésticos. A imensa felicidade, o padrão de beleza, que aqui faço questão de incluir a magreza, cabelos longos e lisos, olhos azuis, a eliminação das rugas, etc., são alguns exemplos do que a mídia nos impõe, e que estão se refletindo cada vez mais nas representações socias.  Temos que ter a consciência de que tudo isso é uma ideologia capitalista, pois para o capitalismo, tudo se comercializa. Temos que refletir se realmente são esses os nossos ideais, as nossas vontades, ou apenas estamos fazendo uso da “Soma” para maquiarmos nossos verdadeiros ideais, reproduzindo o que nos condicionam.
       O filme é uma adaptação do livro Admirável Mundo Novo, escrito por Aldous Huxley em 1931. Na minha opinião o livro é melhor em relação ao filme, talvez por ter lido o livro antes de assistir ao filme. Mesmo tendo 2 roteiristas, o filme é extremamente distante do livro, poucas partes tem semelhança com a obra de Adlous Huxley, começa bem, mas depois de pouco menos de 10 minutos, diálogos errados, cenas que surgem do nada, o que é mostrado não aparece no livro, e o final do filme é completamente diferente do livro. 

      Apesar de achar o livro melhor, o filme também é muito bom, nos faz refletir bastante sobre nós mesmos, se somos "livres" para decidir o que realmente nos importa, ou "escravos" do que nos é imposto pelo capitalismo.

DOCUMENTÁRIO THE CORPORATION - Uma análise crítica


A Corporação é um documentário que analisa a fundo o poder das grandes empresas, das grandes corporações. O filme fala desde o nascimento desse tipo de negócio até o predomínio de suas atividades no mundo atual, refletindo desde a Revolução Industrial até as vitórias legislativas que permitiram que empresas e cientistas chegassem a patentear boa parte da vida natural.
     Vivemos em uma sociedade em que, desde o momento em que nascemos nos são condicionadas regras, leis. Aprendemos valores morais, sociais. Passamos o tempo todo, tanto na vida pessoal como profissional, tentando da melhor maneira possível seguir essas regras e leis. 
     Assistindo o documentário The Corporation, pude notar o quanto essas regras, leis e valores são reduzidos a nada pelas grandes corporações, onde, o que prevalece é o interesse cada vez maior da obtenção de lucro para seus acionistas e investidores. Somos manipulados por elas para que acreditemos que tudo o que fazem é para o nosso bem estar, nos oferecendo empregos, produtos de qualidade e para a nossa comodidade, deixando claro o que Karl Marx (1818-1883) define como Ideologia:
  • equivalente de ilusão, falsa consciência, concepção idealista na qual a realidade é invertida e as idéias aparecem como motor da vida real. (...) No marxismo posterior a Marx, sobretudo na obra de Lênin, ganha um outro sentido, bastante diferente: ideologia é qualquer concepção da realidade social ou política, vinculada aos interesses de certas classes sociais particulares.[1]
      Quando Marx fala que a ideologia é concepção idealista na qual a realidade é invertida, no documentário fica claro que, o que as grandes corporações colocam como sendo do interesse comum de todas as pessoas ou ideologia de uma sociedade inteira, nada mais é do que a realização de seus próprios interesses e de suas próprias ideologias.
      As grandes corporações estão cada vez mais dominando o cenário mundial, interferindo na política, economia e principalmente, influenciando nosso comportamento, afetando a vida de bilhões de pessoas, não apenas pela exploração da mão de obra alheia para obtenção de mais lucro, mas por estarem causando malefícios ao meio ambiente, poluído o ar, rios, extraindo e afetando sem piedade os recursos naturais do planeta. Isso tudo sem que se sintam culpados, pois o lucro é mais importante, custe o que custar.
     As grandes corporações retratadas no documentário trabalham de forma estratégica, de um lado, explorando mão de obra barata e até infantil e do outro fazendo projetos sociais, como por exemplo: “parte da venda desses produtos será destinado às crianças carentes”, tudo para capturar mais consumidores para seus produtos, e, os consumidores preocupados com o meio ambiente ou com o trabalho infantil provavelmente cairão nessa estratégia.  
       Há um trecho no documentário que fala sobre a propaganda para o público infantil, como fazer delas consumidoras. A propaganda tem grande poder de persuadir as crianças, pois elas são fáceis de convencer a comprar determinados produtos, pois geralmente essas propagandas vem acompanhadas de personagens de desenho animado etc. em outros casos, pais, para ressarcir os filhos, às vezes pela ausência e pouca atenção destinada aos filhos, acabam cedendo e comprando o que os estes pedem:
  • A criança é no Brasil, a soberana do lar. Sua participação nas decisões da casa têm sido proporcional ao ‘abandono’ dos pais, abandono este representado pela priorização do trabalho a fim de aumentar a renda familiar, relegando as crianças à televisão. Neste contexto os pais sentem-se obrigados a ressarci-la pelo abandono, cedendo com facilidade aos seus pedidos e desejos, entre eles o de comprar e possuir. A criança opta pelo que quer comer, vestir, usar, e até, no que os adultos devem fazer. Considerando a alta receptividade e facilidade de impacto que proporciona à criança, muitas empresas vêm lançando produtos no mercado... O setor infantil é talvez o segmento que causa maior preocupação em relação aos efeitos publicitários junto à sociedade. (GIACOMINI, p. 54-55).

 As grandes corporações, por outro lado, também são muito importantes para a sociedade, pois produzem produtos úteis para o cotidiano da população, porém, é preciso que a população se conscientize se realmente os produtos que estão adquirindo são necessários ou apenas as está adquirindo porque foi induzida pelo marketing das empresas vendedoras.



Referências:
 GIACOMINI, 1991. Apud AGUIAR, Mirella Cristina Sales de. A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA E A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NA TOMADA DE DECISÃO DE COMPRA NA FAMÍLIA. Disponível em http:// http://pt.scribd.com/doc/14424520/A-INFLUENCIA-DA-PROPAGANDA-E-A-PARTICIPACAO-DAS-CRIANCAS-NA-TOMADA-DE-DECISAO-DE-COMPRA-NA-FAMILIA. Acesso em 06 de fev. de 2012.


sábado, 9 de junho de 2012

A ÚLTIMA MÚSICA

Resenha e resumo de livros.

   Já li livros bons, mas vou ser sincera ao falar que, depois que lí "A última música", todos os outros se tornaram bons, mas esse é excelente.  A história é muito linda, chorei ao ler. Eu já havia lido os outros livros do autor, muito bons também, apesar de dividirem opiniões. Há quem diga que são muito melancólicos, muito previsíveis. Mas, sempre digo que para ler um livro, a pessoa precisa ter o dom. Ter o dom de entrar de cabeça na história, se colocar no lugar dos personagens, e é nesse momento que você consegue se emocionar com a história. 

SPARKS, Nicholas.

A última música. São Paulo: Novo Conceito, 2010. 

  Aos 17 anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando seus pais se divorciam e seu pai decide se mudar para a praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que Ronnie e seus irmãos iriam passar as férias de verão com o pai na Carolina do Norte. Ele, por sua vez, ex-pianista, vive tranquilamente na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de reaproximação do pai e ameaça voltar para Nova York antes de o verão acabar. É quando ela conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda, apaixona-se profundamente por ele, abrindo-se aos poucos para uma experiência que lhe proporcionará imensa felicidade e dor, jamais sentidas. Aos poucos, vai se reaproximando do pai e cuida dele até o momento de sua morte. 

  É uma bela história de amor, arrependimento, compreensão e perdão. Ronnie sempre foi o centro das atenções, era mimada e tudo tinha que ser do seu jeito. Odiava seu pai, culpando-o pela separação. Mas a vida lhe prepara surpresas. Todas as mentiras sob as quais sua vida e de sua família havia sido construída começam a vir à tona, então, de uma forma muito dolorosa ela começa a enxergar as pessoas a sua volta e aprende o verdadeiro significado da palavra "perdão".



"Depois de ficarem juntos de uma forma tão intensa, era difícil aceitar o fato de que ele havia partido de repente, tornando-se inatingível, não importava o quanto ela precisasse dele. A falta que ele fazia provocava uma dor física aguda, como o corte de uma faca, deixando-a muitas vezes amargurada". ( Frase do livro).



FICHA TÉCNICA

Autor: Nicholas Sparks
Titulo: A Última Música
Selo: Novo Conceito 
Ano: 2010
Edição: 1
Área Principal: Ficção  
Assuntos: Romance





















sexta-feira, 8 de junho de 2012

RESENHA CRÍTICA: O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS


Resenha crítica do livro:

O guardião de memórias

Esse livro lí à algum tempo e gostei muito, tanto que resolvi fazer uma resenha crítica dele pra vocês. Se vocês, assim como eu, gostam de uma boa leitura, poderemos trocar ideias , opiniões, pois tenho uma quantidade bem grande de livros que lí e posso postar resumos, resenhas sobre eles, mas gostaria que vocês me ajudassem dando sua opinião ok?


EDWARDS, Kim. O Guardião de Memórias. Rio de Janeiro: Sextante, 2007. 368 p.


  Kim Edwards nasceu em 04 de maio de 1958, em Killen, Texas. Seus pais mudaram-se para Skaneateles, Nova York, no coração da região de Finger Lakes quando ela tinha apenas 2 meses de vida. Kim Edwards é autora da coleção de contos intitulada The Secrets of the Fire King, indicada para o Prêmio PEN/Henmingeay de 1998 e recebeu o Prêmio Whiting e o Prêmio Nelson Algren. Pós- graduada do Seminário de escritores de Yowa, ela é professora assistente de inglês na Universidade de Kentucky. Para escrever o livro "O Guardião de Memória", Edwards demorou três anos.
 "O Guardião de Memórias" foi lançado em 2007 pela editora Sextante, no Rio de Janeiro. O livro conta a história do casal Norah e David Henry, felizes à espera de seu primeiro filho. Mas essa alegria duraria pouco, o destino havia preparado uma surpresa que mudaria para sempre a vida dos dois.
 Era março de 1964. Fazia um ano que Norah e David estavam casados. Tudo corria bem com a gravidez  de Norah, faltavam apenas três meses para o nascimento do bebê. Mas, numa noite de nevasca ela entrou em trabalho de parto. Nevava muito e o médico que acompanhava sua gestação e faria o parto não conseguiu chegar à clínica. David, cirurgião ortopedista, se vê obrigado a fazer o parto, juntamente com uma enfermeira, Caroline Gill.
  O que deveria ser uma boa notícia transforma-se num terrível pesadelo. Norah dá à luz duas crianças. Um menino saudável e uma menina, portadora da síndrome de Down. David, imediatamente toma uma decisão. Lembrando-se da complicada infância ao lado de uma irmã com a mesma doença, a fim de poupar a família de um sofrimento maior, ele pede à Caroline que leve a menina para doação e fala para a esposa que a menina não sobreviveu.
É uma história cheia de segredos, mentiras e traições. Uma mentira contada teria que ser sustentada para sempre, não teria como voltar atrás, apesar do arrependimento. Essa mentira assombrava David todos os dias, durante todos os anos seguintes. Norah nunca  se conformara com a perda da filha, cada vez mais se entregava ao álcool e relações extra conjugais. Os laços que uniam Norah e David acabaram em muros de solidão e silêncio, a vida nunca mais seria a mesma. Paul, o filho saudável, desenvolvera talento para a arte. Cresceu sentindo na pele a falta de atenção dos pais, sentindo-se culpado pela morte da irmã.
  Enquanto isso, em outra cidade, Phoeb, a menina desprezada ao nascer, crescia feliz. Caroline criou-a como filha legítima, dando-lhe todo amor, carinho e os cuidados necessários para dar-lhe uma vida digna.
  Em julho de 1989, um ano após o falecimento de David, Caroline decide revelar o segredo à Norah, sem esperar nada em troca, nem tampouco agradecimento por ter se dedicado a vida toda à Phoeb. Norah, em estado de choque, mal podia se mexer, apenas desejava imensamente conhecê-la. 
  O emocionante encontro entre mãe e filha é contado em detalhes. Phoeb, por ser portadora da síndrome de Down não consegue assimilar exatamente o que está acontecendo, mas para Norah, é como ter uma segunda chance, recomeçar tudo outra vez.
 Edward, em sua obra, consegue envolver o leitor da primeira a ultima página, apesar de haverem momentos de excessiva descrição, fazendo com que a leitura se torne demorada, O Guardião de Memórias vai emocionar pela história de amor, arrependimentos e escolhas, fazendo o leitor refletir em como uma escolha errada é capaz de mudar para sempre a sua vida. Para quem gosta de emoções e tem paciência para ler, este é o livro ideal.


"Ele segurou a criança, esquecendo-se do que devia fazer a seguir. As mãos minúsculas eram perfeitas. Mas ali estava o espaço entre o dedão do pé e os outros, como um dente faltando, e, ao olhar fundo nos olhos da menina, ele viu as manchas de Brushfield, minúsculas e nítidas como salpicos de neve na íris. Imaginou o coração dela, do tamanho de uma ameixa e, muito possivelmente, malformado, e pensou no quarto do bebê, tão cuidadosamente pintado, com seus bichos macios e um único berço. Pensou na esposa parada na calçada, diante da casa coberta pelo véu luminoso de neve, dizendo: Nosso mundo nunca mais será o mesmo." (Frase do livro).



OS MISERÁVEIS

   A história se passa em plena  Revolução Francesa  do  século XIX  entre duas grandes batalhas: a  Batalha de Waterloo  e os motins ...