sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DOCUMENTÁRIO THE CORPORATION - Uma análise crítica


A Corporação é um documentário que analisa a fundo o poder das grandes empresas, das grandes corporações. O filme fala desde o nascimento desse tipo de negócio até o predomínio de suas atividades no mundo atual, refletindo desde a Revolução Industrial até as vitórias legislativas que permitiram que empresas e cientistas chegassem a patentear boa parte da vida natural.
     Vivemos em uma sociedade em que, desde o momento em que nascemos nos são condicionadas regras, leis. Aprendemos valores morais, sociais. Passamos o tempo todo, tanto na vida pessoal como profissional, tentando da melhor maneira possível seguir essas regras e leis. 
     Assistindo o documentário The Corporation, pude notar o quanto essas regras, leis e valores são reduzidos a nada pelas grandes corporações, onde, o que prevalece é o interesse cada vez maior da obtenção de lucro para seus acionistas e investidores. Somos manipulados por elas para que acreditemos que tudo o que fazem é para o nosso bem estar, nos oferecendo empregos, produtos de qualidade e para a nossa comodidade, deixando claro o que Karl Marx (1818-1883) define como Ideologia:
  • equivalente de ilusão, falsa consciência, concepção idealista na qual a realidade é invertida e as idéias aparecem como motor da vida real. (...) No marxismo posterior a Marx, sobretudo na obra de Lênin, ganha um outro sentido, bastante diferente: ideologia é qualquer concepção da realidade social ou política, vinculada aos interesses de certas classes sociais particulares.[1]
      Quando Marx fala que a ideologia é concepção idealista na qual a realidade é invertida, no documentário fica claro que, o que as grandes corporações colocam como sendo do interesse comum de todas as pessoas ou ideologia de uma sociedade inteira, nada mais é do que a realização de seus próprios interesses e de suas próprias ideologias.
      As grandes corporações estão cada vez mais dominando o cenário mundial, interferindo na política, economia e principalmente, influenciando nosso comportamento, afetando a vida de bilhões de pessoas, não apenas pela exploração da mão de obra alheia para obtenção de mais lucro, mas por estarem causando malefícios ao meio ambiente, poluído o ar, rios, extraindo e afetando sem piedade os recursos naturais do planeta. Isso tudo sem que se sintam culpados, pois o lucro é mais importante, custe o que custar.
     As grandes corporações retratadas no documentário trabalham de forma estratégica, de um lado, explorando mão de obra barata e até infantil e do outro fazendo projetos sociais, como por exemplo: “parte da venda desses produtos será destinado às crianças carentes”, tudo para capturar mais consumidores para seus produtos, e, os consumidores preocupados com o meio ambiente ou com o trabalho infantil provavelmente cairão nessa estratégia.  
       Há um trecho no documentário que fala sobre a propaganda para o público infantil, como fazer delas consumidoras. A propaganda tem grande poder de persuadir as crianças, pois elas são fáceis de convencer a comprar determinados produtos, pois geralmente essas propagandas vem acompanhadas de personagens de desenho animado etc. em outros casos, pais, para ressarcir os filhos, às vezes pela ausência e pouca atenção destinada aos filhos, acabam cedendo e comprando o que os estes pedem:
  • A criança é no Brasil, a soberana do lar. Sua participação nas decisões da casa têm sido proporcional ao ‘abandono’ dos pais, abandono este representado pela priorização do trabalho a fim de aumentar a renda familiar, relegando as crianças à televisão. Neste contexto os pais sentem-se obrigados a ressarci-la pelo abandono, cedendo com facilidade aos seus pedidos e desejos, entre eles o de comprar e possuir. A criança opta pelo que quer comer, vestir, usar, e até, no que os adultos devem fazer. Considerando a alta receptividade e facilidade de impacto que proporciona à criança, muitas empresas vêm lançando produtos no mercado... O setor infantil é talvez o segmento que causa maior preocupação em relação aos efeitos publicitários junto à sociedade. (GIACOMINI, p. 54-55).

 As grandes corporações, por outro lado, também são muito importantes para a sociedade, pois produzem produtos úteis para o cotidiano da população, porém, é preciso que a população se conscientize se realmente os produtos que estão adquirindo são necessários ou apenas as está adquirindo porque foi induzida pelo marketing das empresas vendedoras.



Referências:
 GIACOMINI, 1991. Apud AGUIAR, Mirella Cristina Sales de. A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA E A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NA TOMADA DE DECISÃO DE COMPRA NA FAMÍLIA. Disponível em http:// http://pt.scribd.com/doc/14424520/A-INFLUENCIA-DA-PROPAGANDA-E-A-PARTICIPACAO-DAS-CRIANCAS-NA-TOMADA-DE-DECISAO-DE-COMPRA-NA-FAMILIA. Acesso em 06 de fev. de 2012.


sábado, 9 de junho de 2012

A ÚLTIMA MÚSICA

Resenha e resumo de livros.

   Já li livros bons, mas vou ser sincera ao falar que, depois que lí "A última música", todos os outros se tornaram bons, mas esse é excelente.  A história é muito linda, chorei ao ler. Eu já havia lido os outros livros do autor, muito bons também, apesar de dividirem opiniões. Há quem diga que são muito melancólicos, muito previsíveis. Mas, sempre digo que para ler um livro, a pessoa precisa ter o dom. Ter o dom de entrar de cabeça na história, se colocar no lugar dos personagens, e é nesse momento que você consegue se emocionar com a história. 

SPARKS, Nicholas.

A última música. São Paulo: Novo Conceito, 2010. 

  Aos 17 anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando seus pais se divorciam e seu pai decide se mudar para a praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que Ronnie e seus irmãos iriam passar as férias de verão com o pai na Carolina do Norte. Ele, por sua vez, ex-pianista, vive tranquilamente na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de reaproximação do pai e ameaça voltar para Nova York antes de o verão acabar. É quando ela conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda, apaixona-se profundamente por ele, abrindo-se aos poucos para uma experiência que lhe proporcionará imensa felicidade e dor, jamais sentidas. Aos poucos, vai se reaproximando do pai e cuida dele até o momento de sua morte. 

  É uma bela história de amor, arrependimento, compreensão e perdão. Ronnie sempre foi o centro das atenções, era mimada e tudo tinha que ser do seu jeito. Odiava seu pai, culpando-o pela separação. Mas a vida lhe prepara surpresas. Todas as mentiras sob as quais sua vida e de sua família havia sido construída começam a vir à tona, então, de uma forma muito dolorosa ela começa a enxergar as pessoas a sua volta e aprende o verdadeiro significado da palavra "perdão".



"Depois de ficarem juntos de uma forma tão intensa, era difícil aceitar o fato de que ele havia partido de repente, tornando-se inatingível, não importava o quanto ela precisasse dele. A falta que ele fazia provocava uma dor física aguda, como o corte de uma faca, deixando-a muitas vezes amargurada". ( Frase do livro).



FICHA TÉCNICA

Autor: Nicholas Sparks
Titulo: A Última Música
Selo: Novo Conceito 
Ano: 2010
Edição: 1
Área Principal: Ficção  
Assuntos: Romance





















OS MISERÁVEIS

   A história se passa em plena  Revolução Francesa  do  século XIX  entre duas grandes batalhas: a  Batalha de Waterloo  e os motins ...