quarta-feira, 31 de outubro de 2012

RESENHA: A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS


     Comprei o livro apenas pelo fato de ter gostado da capa. Deixei-o guardado por um longo período sem ao menos ler a sinopse, pois, este não era o livro prioridade ou obrigatório para minhas leituras. Um belo dia, enjoada de olhá-lo parado na estante, resolvi ler ao menos as primeiras páginas. O encanto foi imediato. Comecei a ler e só parei quando cheguei à última pagina. Que livro maravilhoso, me fez chorar diversas vezes ganhando seu lugar de destaque entre os livros que já li.

Título original:  The Book Thief 
Autor: Marcos Zusak
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 480

Zusak, M. A menina que roubava livros. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2008. 382 p.



RESENHA:

     O autor, Markus Zusak escreveu um romance maravilhoso, retratando com muita clareza os horrores do período Hitleriano, da Segunda Guerra Mundial. Uma jovem durante o período da Alemanha nazista lutando profundamente para defender seus princípios, por não se deixar manipular pelo horrível ideal de Hitler, ao passo que ela amadurece e aflora para o primeiro amor. Zusak ainda chama a atenção para algo importantíssimo: a força das palavras, a influência delas sobre o ser humano.
     O livro é uma narrativa da Morte, seu foco é a vida de Liesel e o que a ela for relacionado. Organiza-se em dez partes, cada qual com cerca de quarenta páginas, mais o prólogo onde a narradora apresenta a ela mesma e a nossa protagonista e ainda um epílogo falando sobre a morte de Liesel e o destino de alguns dos personagens secundários. Posteriormente há uma parte dedicada aos agradecimentos do autor e um trecho falando sobre ele.
      A narradora (a morte) mostra-se muito diferente do juízo que lhe fazemos. Em partes do livro ela busca dialogar com o leitor, mostrando que apesar de não ser humana, tem de certa forma sentimentos. Após apresentar-se ela explica o porquê de seu interesse em Liesel: “O que, por sua vez, me traz ao assunto de que lhe estou falando [...]. É a história de um desses sobreviventes perpétuos – uma especialista em ser deixada para trás.”. 
     “A menina que roubava livros” conta a história de uma menina de nome Liesel Meminger. Abandonados pela mãe sem condições de criá-los, ela e seu irmão são entregues para adoção a um casal na cidade alemã de Molching. Durante a viagem de trem com destino a cidade de seus pais adotivos Liesel encontra o seu irmão que viajava a seu lado, morto. No trajeto é feita uma parada para sepultar o menino, e, é no cemitério onde nossa protagonista faz o primeiro de seus roubos: um dos coveiros deixa cair um livro intitulado “Manual do Coveiro”. Liesel passa a viver com Hans e Rosa Hubermann. A partir de então, Liesel ao decorrer da história, recebe letramento, faz amizades e, passa a roubar livros da biblioteca da mulher do prefeito, Ilsa Hermann. Ao lado de seu amigo Rudy, constrói uma amizade solidária e uma conivência nos furtos, além de um amor puro e afetuoso.
     Ao final do livro, a cidade de Molching é bombardeada pelas forças Aliadas e, não em tempo as sirenes de alerta foram acionadas. Foi um massacre. Liesel foi, talvez, a única sobrevivente da Rua Himmel. Ela passara as noites no porão da humilde casa de número 33, escrevendo em seu livro – um diário que lhe fora presenteado por Ilsa Hermann alguns dias antes. Novamente órfã, Liesel é adotada por Ilsa Hermann e seu marido. Ilsa perdera o único filho alguns anos antes. Liesel Meminger cresce, vai morar em Sydney, constitui família e morre em idade avançada.
    A obra mostra o caos que foi a Alemanha nesse período: habitantes alemães passando fome com o racionamento de mantimentos, o receio de ser considerado um traidor por parte dos membros do partido nazista, a coerção para que todos se alistassem a esse partido e, a perseguição aos que se negavam. O fanatismo da maioria dos alemães na perseguição aos judeus e a quem não fosse etnicamente alemão. O sofrimento das famílias. Crueldades que expõem o lado mais nebuloso, mísero da natureza humana, capaz de horrorizar até mesmo a singular narradora (“os seres humanos me assombram”).



Fonte:
Farias, M.S. "Resenha de 'A menina que roubava livros', de Markus Zusak". Junho de 2012. http://livredialogo.blogspot.com.br/

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

RESENHA: PAIXÃO DE PRIMAVERA



Título: Paixão de Primavera
Autor: Célia Xavier de Camargo
Editora: Petit
N° de páginas: 359


SINOPSE:

Na Rússia dos czares, no início da primavera, um bando de cossacos, cansados de lutar, acampa numa aldeia dos Monteis Urais. Ludmila, uma linda camponesa, apaixona-se por Yuri, o líder dos guerreiros. Seduzido, ele a arrebata, contra sua vontade, e faz dela sua mulher. Dimitri, inconformado com o rapto, quer resgatar a amada, vingar-se derramando sangue. A adorada Ludmila é desejada, amada e traída. Em Moscou, no luxuoso palacete da extravagante madame Trussot, ela convive com aqueles que vendem o amor, mas só entregam o prazer. Se o conde Alexander – vítima de terrível obsessão –, é o seu tormento, Gregory, um rico comerciante, é sua maior esperança. Uma doce paixão de primavera ainda vive em seu coração, ameaçada pelo cruel e traiçoeiro inverno russo, devorador de almas e ilusões... 

RESENHA


     Paixão de Primavera relata a história de Ludmila, uma linda moça que vive com seus pais em uma pequena aldeia nos montes Urais, na Rússia. Apesar do ambiente simples em que cresceu, era uma moça de modos muito refinados. Em uma tarde de primavera, enquanto o povo da aldeia festeja a chegada do clima propício para o trabalho, Ludmila encanta a todos com sua dança cigana, principalmente um jovem cossaco que chega de surpresa com seu bando, deixando a todos amedrontados. Yuri Vanilevitch, o líder do bando se encanta por Ludmila e ela por ele, e dão início ao amor que transformará para sempre a vida de Ludmila.

"O cossaco abraçou-a com carinho, tentando transmitir-lhe seu calor. A proximidade dele produzia-lhe uma agradável sensação. De repente, ele ergueu seu rosto e beijou-a nos lábios, palpitantes de amor." Pág. 31

     Yuri e seus amigos ficam alguns dias na aldeia, mas na hora da partida ele percebe que não conseguirá viver sem seu grande amor, então arrebata Ludmila contra a sua vontade e parte com ela se debatendo em seus braços. Porém, Ludmila ama Yuri e depois de passado o susto, acabam por viver como marido e mulher, cada vez mais apaixonados.
     Dimitri, o melhor partido da aldeia e pretendente a futuro noivo de Ludmila, inconformado com o ocorrido, decide ir atrás dela com a intenção de trazê-la de volta. Encontra o bando e se finge amigo de Yuri e acaba conseguindo permanecer no grupo, afim de assim que surgir uma oportunidade, levar Ludmila de volta para a aldeia.
     Muitas coisas acontecem a partir deste ponto. Yuri é morto numa emboscada por Dimitri, deixando a bela Ludmila grávida sem ninguém para ajudá-la. Sem imaginar sorte pior para a sua vida, a moça se vê sozinha no mundo sem coragem de voltar para os pais devido à fuga dela com Yuri.
Ludmila enfrenta muitos problemas e sofre muito, mas ela é incansável e nesta jornada, vai conhecer pessoas iluminadas que a ajudarão a enfrentar cada obstáculo.
     A história é psicografada por Célia Xavier de Camargo e teve a ajuda espiritual do grande escritor russo Leon Tolstói, autor de Anna Karenina e Guerra e Paz. Psicografia segundo o vocabulário espírita é a capacidade atribuída a certos médiuns de escrever mensagens ditadas por Espíritos.
     O livro é de uma leveza na escrita que encanta e tem uma sutileza que faz o leitor suspirar. É uma história linda e recomendo a todos que gostam de romances espíritas e também para os que nunca leram nada no gênero, garanto que será um livro inesquecível.
Paixão de primavera é um romance com uma mensagem maravilhosa, que nos mostra que precisamos ser fortes, enfrentar os problemas sem deixar nos abater, nos dominar. O livro aborda assuntos como amor, perdão, conhecimento, espiritualidade entre outros. É um livro de leitura fácil, pois é de uma linguagem simples, fluída. A obra é definitivamente uma lição de vida.

OS MISERÁVEIS

   A história se passa em plena  Revolução Francesa  do  século XIX  entre duas grandes batalhas: a  Batalha de Waterloo  e os motins ...