A Corporação é um documentário que analisa a fundo o poder das grandes empresas, das grandes corporações. O filme fala desde o nascimento desse tipo de negócio até o predomínio de suas atividades no mundo atual, refletindo desde a Revolução Industrial até as vitórias legislativas que permitiram que empresas e cientistas chegassem a patentear boa parte da vida natural.
Vivemos em uma sociedade em que, desde o momento em que nascemos nos são condicionadas regras, leis. Aprendemos valores morais, sociais. Passamos o tempo todo, tanto na vida pessoal como profissional, tentando da melhor maneira possível seguir essas regras e leis.
Assistindo o documentário The Corporation, pude notar o quanto essas regras, leis e valores são reduzidos a nada pelas grandes corporações, onde, o que prevalece é o interesse cada vez maior da obtenção de lucro para seus acionistas e investidores. Somos manipulados por elas para que acreditemos que tudo o que fazem é para o nosso bem estar, nos oferecendo empregos, produtos de qualidade e para a nossa comodidade, deixando claro o que Karl Marx (1818-1883) define como Ideologia:
- equivalente de ilusão, falsa consciência, concepção idealista na qual a realidade é invertida e as idéias aparecem como motor da vida real. (...) No marxismo posterior a Marx, sobretudo na obra de Lênin, ganha um outro sentido, bastante diferente: ideologia é qualquer concepção da realidade social ou política, vinculada aos interesses de certas classes sociais particulares.[1]
Quando Marx fala que a ideologia é concepção idealista na qual a realidade é invertida, no documentário fica claro que, o que as grandes corporações colocam como sendo do interesse comum de todas as pessoas ou ideologia de uma sociedade inteira, nada mais é do que a realização de seus próprios interesses e de suas próprias ideologias.
As grandes corporações estão cada vez mais dominando o cenário mundial, interferindo na política, economia e principalmente, influenciando nosso comportamento, afetando a vida de bilhões de pessoas, não apenas pela exploração da mão de obra alheia para obtenção de mais lucro, mas por estarem causando malefícios ao meio ambiente, poluído o ar, rios, extraindo e afetando sem piedade os recursos naturais do planeta. Isso tudo sem que se sintam culpados, pois o lucro é mais importante, custe o que custar.
As grandes corporações retratadas no documentário trabalham de forma estratégica, de um lado, explorando mão de obra barata e até infantil e do outro fazendo projetos sociais, como por exemplo: “parte da venda desses produtos será destinado às crianças carentes”, tudo para capturar mais consumidores para seus produtos, e, os consumidores preocupados com o meio ambiente ou com o trabalho infantil provavelmente cairão nessa estratégia.
Há um trecho no documentário que fala sobre a propaganda para o público infantil, como fazer delas consumidoras. A propaganda tem grande poder de persuadir as crianças, pois elas são fáceis de convencer a comprar determinados produtos, pois geralmente essas propagandas vem acompanhadas de personagens de desenho animado etc. em outros casos, pais, para ressarcir os filhos, às vezes pela ausência e pouca atenção destinada aos filhos, acabam cedendo e comprando o que os estes pedem:
- A criança é no Brasil, a soberana do lar. Sua participação nas decisões da casa têm sido proporcional ao ‘abandono’ dos pais, abandono este representado pela priorização do trabalho a fim de aumentar a renda familiar, relegando as crianças à televisão. Neste contexto os pais sentem-se obrigados a ressarci-la pelo abandono, cedendo com facilidade aos seus pedidos e desejos, entre eles o de comprar e possuir. A criança opta pelo que quer comer, vestir, usar, e até, no que os adultos devem fazer. Considerando a alta receptividade e facilidade de impacto que proporciona à criança, muitas empresas vêm lançando produtos no mercado... O setor infantil é talvez o segmento que causa maior preocupação em relação aos efeitos publicitários junto à sociedade. (GIACOMINI, p. 54-55).
Referências:
Karl Marx e as classes sociais. Disponível em: http://ialexandria.sites.uol.com.br/.../karl_marx_e_as_classes_sociais.htm. Acesso em: 06 de fev. de 2012.
GIACOMINI, 1991. Apud AGUIAR, Mirella Cristina Sales de. A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA E A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NA TOMADA DE DECISÃO DE COMPRA NA FAMÍLIA. Disponível em http:// http://pt.scribd.com/doc/14424520/A-INFLUENCIA-DA-PROPAGANDA-E-A-PARTICIPACAO-DAS-CRIANCAS-NA-TOMADA-DE-DECISAO-DE-COMPRA-NA-FAMILIA. Acesso em 06 de fev. de 2012.
muito bom o seu blog ,tem muita coisa legal pra ler.
ResponderExcluir:)
Obrigada, fico muito feliz que tenhas gostado, pois tudo o que posto aqui é com muito amor que o faço pra vocês. Volte sempre que quiser, deixando seus comentários. Obrigada pelo carinho.
ResponderExcluirÓtimo conteúdo!
ResponderExcluirObrigada pelo carinho, logo estarei postando novas resenhas, espero que voltem e aproveitem ao máximo. Bjos.
ExcluirDe muito bom gosto!! parabéns!
ResponderExcluirObrigada, bjos
ResponderExcluirOlá, você poderia dizer o seu sobrenome? Queria citar sua página como referência de um relatório sobre o referido documentário, mas, para isso, preciso do nome completo do autor :)
ResponderExcluirDesculpa ter visto só agora. Meu nome completo é Juliane Rachor. Fico muito feliz que tenhas gostado do Blog. Em breve postarei uma resenha linda, sobre o livro "O diário de Anne Frank". Beijos e fica com Deus.
ExcluirGostei do comentário , tenho um trabalho a respeito desse assunto.
ResponderExcluirajudou bastante .
obg.
bel
JULI AMEI SUA RESENHA ... MAIS QUEM E O AUTOR DE " A PROMESSA"
ResponderExcluirMuito boa resenha. E o documentário também é excelente.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
ResponderExcluirmta boa essa resenha!
ResponderExcluirobrigado seu post, me ajudou muito no trabalho da faculdade
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