sexta-feira, 8 de junho de 2012

RESENHA CRÍTICA: O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS


Resenha crítica do livro:

O guardião de memórias

Esse livro lí à algum tempo e gostei muito, tanto que resolvi fazer uma resenha crítica dele pra vocês. Se vocês, assim como eu, gostam de uma boa leitura, poderemos trocar ideias , opiniões, pois tenho uma quantidade bem grande de livros que lí e posso postar resumos, resenhas sobre eles, mas gostaria que vocês me ajudassem dando sua opinião ok?


EDWARDS, Kim. O Guardião de Memórias. Rio de Janeiro: Sextante, 2007. 368 p.


  Kim Edwards nasceu em 04 de maio de 1958, em Killen, Texas. Seus pais mudaram-se para Skaneateles, Nova York, no coração da região de Finger Lakes quando ela tinha apenas 2 meses de vida. Kim Edwards é autora da coleção de contos intitulada The Secrets of the Fire King, indicada para o Prêmio PEN/Henmingeay de 1998 e recebeu o Prêmio Whiting e o Prêmio Nelson Algren. Pós- graduada do Seminário de escritores de Yowa, ela é professora assistente de inglês na Universidade de Kentucky. Para escrever o livro "O Guardião de Memória", Edwards demorou três anos.
 "O Guardião de Memórias" foi lançado em 2007 pela editora Sextante, no Rio de Janeiro. O livro conta a história do casal Norah e David Henry, felizes à espera de seu primeiro filho. Mas essa alegria duraria pouco, o destino havia preparado uma surpresa que mudaria para sempre a vida dos dois.
 Era março de 1964. Fazia um ano que Norah e David estavam casados. Tudo corria bem com a gravidez  de Norah, faltavam apenas três meses para o nascimento do bebê. Mas, numa noite de nevasca ela entrou em trabalho de parto. Nevava muito e o médico que acompanhava sua gestação e faria o parto não conseguiu chegar à clínica. David, cirurgião ortopedista, se vê obrigado a fazer o parto, juntamente com uma enfermeira, Caroline Gill.
  O que deveria ser uma boa notícia transforma-se num terrível pesadelo. Norah dá à luz duas crianças. Um menino saudável e uma menina, portadora da síndrome de Down. David, imediatamente toma uma decisão. Lembrando-se da complicada infância ao lado de uma irmã com a mesma doença, a fim de poupar a família de um sofrimento maior, ele pede à Caroline que leve a menina para doação e fala para a esposa que a menina não sobreviveu.
É uma história cheia de segredos, mentiras e traições. Uma mentira contada teria que ser sustentada para sempre, não teria como voltar atrás, apesar do arrependimento. Essa mentira assombrava David todos os dias, durante todos os anos seguintes. Norah nunca  se conformara com a perda da filha, cada vez mais se entregava ao álcool e relações extra conjugais. Os laços que uniam Norah e David acabaram em muros de solidão e silêncio, a vida nunca mais seria a mesma. Paul, o filho saudável, desenvolvera talento para a arte. Cresceu sentindo na pele a falta de atenção dos pais, sentindo-se culpado pela morte da irmã.
  Enquanto isso, em outra cidade, Phoeb, a menina desprezada ao nascer, crescia feliz. Caroline criou-a como filha legítima, dando-lhe todo amor, carinho e os cuidados necessários para dar-lhe uma vida digna.
  Em julho de 1989, um ano após o falecimento de David, Caroline decide revelar o segredo à Norah, sem esperar nada em troca, nem tampouco agradecimento por ter se dedicado a vida toda à Phoeb. Norah, em estado de choque, mal podia se mexer, apenas desejava imensamente conhecê-la. 
  O emocionante encontro entre mãe e filha é contado em detalhes. Phoeb, por ser portadora da síndrome de Down não consegue assimilar exatamente o que está acontecendo, mas para Norah, é como ter uma segunda chance, recomeçar tudo outra vez.
 Edward, em sua obra, consegue envolver o leitor da primeira a ultima página, apesar de haverem momentos de excessiva descrição, fazendo com que a leitura se torne demorada, O Guardião de Memórias vai emocionar pela história de amor, arrependimentos e escolhas, fazendo o leitor refletir em como uma escolha errada é capaz de mudar para sempre a sua vida. Para quem gosta de emoções e tem paciência para ler, este é o livro ideal.


"Ele segurou a criança, esquecendo-se do que devia fazer a seguir. As mãos minúsculas eram perfeitas. Mas ali estava o espaço entre o dedão do pé e os outros, como um dente faltando, e, ao olhar fundo nos olhos da menina, ele viu as manchas de Brushfield, minúsculas e nítidas como salpicos de neve na íris. Imaginou o coração dela, do tamanho de uma ameixa e, muito possivelmente, malformado, e pensou no quarto do bebê, tão cuidadosamente pintado, com seus bichos macios e um único berço. Pensou na esposa parada na calçada, diante da casa coberta pelo véu luminoso de neve, dizendo: Nosso mundo nunca mais será o mesmo." (Frase do livro).



Nenhum comentário:

Postar um comentário

OS MISERÁVEIS

   A história se passa em plena  Revolução Francesa  do  século XIX  entre duas grandes batalhas: a  Batalha de Waterloo  e os motins ...