segunda-feira, 1 de abril de 2013

OS MISERÁVEIS

  

A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo e os motins de junho de 1832. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e a família dela e acaba sendo preso por isso. A injustiça de uma pena incomum, por um crime famélico criou um sentimento de rancor em seu coração, o que levou a várias tentativas de fuga, aumentando em quatorze anos sua pena, cumprindo no total, 19 anos nas galés por um pão roubado. Cumprida a pena, Jean é posto em liberdade condicional com a obrigação de se apresentar regularmente, correndo o risco de passar o resto da vida preso se não o fizer. Valjean sai das galés com um sentimento vil, querendo se vingar da torpe sociedade preconceituosa, pois agora seu passaporte é amarelo, ou seja, está marcado pela desonra de ser um ex-forçadoComo ex-presidiário Valjean sente-se discriminado por todos, contudo tenta recomeçar a sua vida e redimir-se do tortuoso passado. Considerando-se livre, Jean Valjean quebra a condicional resultando na fuga contínua pela perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe). Jean Valjean é o personagem principal que serve como ponto de encontro das histórias de outros personagens.
     Pessoas que vivem na ignorância, nas trevas, ou seja, analfabetos, sem estudos, sem oportunidade, debaixo da última camada social são expostos neste filme. As vidas dos personagens são simplesmente miseráveis, em todos aspectos. Miserável no sentido pleno da palavra, lidam com a pobreza extrema, por outro lado, lidam também com a miséria de caráter representada pela figura do casal Thénardier, por exemplo. Valgean não é um caso isolado de descriminação. Vêem-se no filme crianças abandonadas, prostitutas em meio ao frio vendendo seus corpos doentes por alguns trocados. Contudo, além da miséria e exploração, percebe-se também a solidariedade e a luta por melhores condições de vida. 
     O Bispo de Digne, Charles-François-Bienvenu Myriel, lhe estendeu a mão. Inimigo de qualquer preconceito abre as portas de seu simples lar para Jean, no qual, foi recebido como uma pessoa “normal”; arrumou a melhor cama e deu lhe de comer, tirando até mesmo da gaveta os talheres de prata, que somente usava para jantares com pessoas importantes. A vida de Jean Valjean após conhecer o Bispo nunca mais será a mesma, a partir desse ponto sua transformação ocorrerá, o primeiro passo é criar uma consciência. Poderemos acreditar que um ex-forçado das galés, prisioneiro violento de alta periculosidade, possa de espontânea vontade mudar para o bem? O Bispo conseguirá resgatar a alma que está enveredada no caminho do mal? Essas respostas são apenas alguns fatos que vocês saberão ao assistirem este filme.

Ficha técnica:
Diretor: Tom Hooper
Elenco: Anne Hathaway, Hugh Jackman, Russell Crowe, Sacha Baron Cohen, Helena Bonham Carter, Amanda Seyfried,  Eddie Redmayne, Samantha Barks, Aaron Tveit, Colm Wilkinson, Ella Hunt, George Blagden, DanielHuttlestone, Bertie Carvel, Isabelle Allen, Frances Ruffelle, Alistair Brammer, Evie Wray, Kerry Ellis, Tim Downie, Killian Donnelly, Alexander Brooks, Fra Fee, Sophie Ellis, Jean-Marc Chautems, Jonny Purchase, Lily Laight, Linzi Hateley, Scott Stevenson, Nathanjohn Carter, Dick Ward, Nancy Sullivan, Gabriel Vick, Catherine Woolston, Jaygann Ayeh, Paul Leonard, Gino Picciano, Olivia Rose Aaron, Jackie Marks, Julia Worsley, AlisonTennant, Josh Wichard, Sara Pelosi, Henry Monk, Adebayo Bolaji, Sammy Harris, Adam Nowell, Rosa O’Reilly, Stevee Davies, Robyn North, James Charlton, Alice Fearn, Kelly-Anne Gower, Iwan Lewis, Jos Slovick, Richard Dalton, Matt Harrop, Mary Cormack, Gary Bland, Adam Pearce
Produção: Eric Fellner, Debra Hayward, Cameron Mackintosh
Roteiro: William Nicholson, baseado na obra de Victor Hugo
Fotografia: Danny Cohen
Trilha Sonora: Claude-Michel Schönberg
Ano: 2012
País: Reino Unido
Gênero: Musical
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Working Title Films / Cameron Mackintosh Ltd.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CARTA ESCRITA EM 2070 DC

Hoje não vou postar resumo nem resenha. Vou compartilhar com vocês um e-mail que recebi. Achei muito interessante e vale a pena refletir sobre o conteúdo. Boa leitura e reflexão.




CARTA ESCRITA EM 2070 DC


Documento extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos" de abril de 2002.
Um exercício de imaginação, que está para além da ficção. Preocupante por vermos que diariamente se desperdiça um recurso tão importante e que não é inesgotável.



     Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro.. . Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava - pensávamos que a água
jamais podia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão Irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado já que as redes de esgotos não se usam por falta de água. A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. A industria está paralisadas e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em água potável os salários. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se também a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137 m3 por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas". Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam a energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos. Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado - mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há arvores, porque quase nunca chove e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano tem sido severamente alteradas pelos testes atômicos. Advertiam-nos que devíamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, ela pergunta-me: Papá! Porque se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à
geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta Terra!

"Crónicas de los Tiempos" de abril de 2002

OS MISERÁVEIS

   A história se passa em plena  Revolução Francesa  do  século XIX  entre duas grandes batalhas: a  Batalha de Waterloo  e os motins ...